Para mim, ainda vale muito a pena empreender no mercado pet. Mas antes de qualquer coisa, eu sempre gosto de dizer que tudo depende do motivo que te move.
Vejo muita gente querendo abrir um petshop ou uma clínica porque ouviu dizer que “está em alta”, ou porque acha que não vai precisar lidar com pessoas (spoiler: vai!). Tem quem acredite que vai ganhar dinheiro rápido, com pouco esforço. Outros estão apenas frustrados com o trabalho atual e querem tentar qualquer coisa nova. Ou pior: acham que vão conseguir uma renda extra sem se comprometer de verdade com o negócio.
Se esse for o seu caso, sinceramente? Acho que esse não é o caminho.
Agora, se você ama os animais, respeita as necessidades deles, busca realização pessoal ao mesmo tempo, em que quer construir algo sólido e de valor… Aí, sim, eu acredito que o mercado pet pode ser o lugar certo pra você.
Não basta gostar de pet. É preciso estar disposto(a) a aprender sobre gestão, marketing, operação, liderança de equipe. Um petshop ou uma clínica veterinária vai muito além de vender rção, ou dar banho em cachorro. Quem não entende isso, acaba ficando pelo caminho.
Por que eu continuo apostando nesse mercado? Porque ele é incrível.
A recorrência é altíssima. Pet consome o tempo todo: comida, vacina, medicamento, banho, brinquedo, consulta, serviços. O tutor que confia no seu atendimento volta sempre.
Existe um laço emocional muito profundo entre tutor e pet. Não estamos falando de um mercado racional. Estamos falando de amor, cuidado, proteção, afeto. Isso muda tudo.
Além disso, as possibilidades são muitas: você pode atuar com serviços, produtos, alimentação natural, delivery, assinatura, creche, planos de saúde, estética, educação, hotel… O que não falta é caminho.
E mais: é um dos poucos setores que cresce mesmo em períodos de crise. Quando o bolso aperta, o tutor até deixa de sair para jantar fora, mas não deixa de cuidar do pet.
Os números também não mentem. O Brasil é o 3º maior mercado pet do mundo. Em 2023, movimentamos R$ 68,7 bilhões. Os serviços cresceram 18,3% em um ano. Mais de 60% das casas brasileiras têm pelo menos um pet. E até 2030, podemos ultrapassar os EUA em número de pets por pessoa.
O mercado está cheio? Sim. Saturado? Não. Porque a maioria ainda faz mais do mesmo. Quem entra com identidade, qualidade e visão de longo prazo, encontra espaço.
Pra mim, empreender no setor pet é sobre consistência e verdade. Não é moda passageira. É um caminho sério, que exige entrega, mas também devolve muito.
Se você sente que esse é o seu chamado, eu posso afirmar com confiança: ainda vale muito a pena empreender no mercado pet.

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by Luciano Brito